O bully, ou seja, o autor do bullying pode ser uma pessoa, um grupo ou todo um departamento. Os bullies de local de trabalho exercem algum tipo de poder, ou simplesmente tem ascendência psicológica sobre os mais fracos, descarregando sua agressividade cotidiana em indivíduos ou vítimas; utiliza-se de várias estratégias dissimuladas em atitudes e gestos, nos olhares e risadinhas, nos comentários racistas, nas ridicularizações, através de imitações de gestos, trejeitos, voz, modo de caminhar e de atuar, no controle excessivo de horários de chegada, de saída, de ida ao sanitário, na convocação de horas-extras apenas para assediar sem testemunhas, na ameaça constante de demissão ou nas agressões verbais. A razão de natureza pessoal pode ser a inveja que um colega desperta em outro. Os chefes bullies não proporcionam liderança verdadeira. Em lugar disso, intimidam, culpam, distorcem a realidade, são desonestos e/ou criam caos permanentemente.
As vítimas de bullying no local de trabalho, geralmente sofrem em silêncio, por medo de perder o emprego. Para dar fim aos abusos, muitas delas largam o trabalho. Estas não têm, pela função exercida ou por características pessoais, possibilidade de reagir, por isso, sofre intimidações psicológicas, que em longo prazo minam seu equilíbrio psíquico, o que produz graves formas de estresse nervoso, doenças físicas, baixa satisfação no trabalho e numerosas intenções de abandonar a organização. Podem experimentar dores de cabeça, fadiga, transtornos no padrão de sono, perda ou ganho de peso, ansiedade, ataques de pânico, entre outros; podem ter sentimentos de confusão, raiva, culpa, vergonha, medo, terror, aflição, depressão, insegurança e isolamento.
Todos os locais de trabalho precisam ficar cientes da gravidade do bullying em seus ambientes para confrontar a situação quando ela ocorrer. Para proporcionar um local de trabalho saudável, faz-se necessário no ambiente onde esteja acontecendo o bullying, que a organização fique ciente do problema, aceite que tem um problema e faça um plano de ação sobre as mudanças necessárias para se tornar um lugar seguro para todas as pessoas trabalharem.
Não existe receita pronta, pois cada indivíduo é um ser especial, com suas dificuldades e habilidades. Porém, no âmbito individual, tanto os bullies quanto as vítimas precisam de ajuda. Algumas vítimas conseguem encontrar suas próprias soluções e, com o tempo, superam seus traumas. No caso de não conseguir resolver os conflitos, o acompanhamento psicológico pode contribuir para uma melhora pessoal e profissional.
NOTA DA AUTORA: Psicóloga Clínica com formação em TCC
Psicóloga da Clínica Interser
Especializanda em Psicopedagogia
Integrante da Comissão de Educação e Comunicação do CRP – 13 PB
Psicóloga da Clínica Interser
Especializanda em Psicopedagogia
Integrante da Comissão de Educação e Comunicação do CRP – 13 PB
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