O ensino de grandezas e medidas é um campo vasto para o professor elaborar
atividades relacionadas com o dia-a-dia do aluno. Por ser tratar de convenções abstratas,
as unidades de medidas devem ser trabalhadas em situações práticas, com o auxílio de
instrumentos como relógio, calendário, balança e régua. Uma conversa com os alunos
antes de cada atividade é importante para ter conhecimento do grau de intimidade que
cada criança tem com o assunto tratado, e, a partir daí, elaborar atividades como: jogos,
trabalhos em dupla e pesquisa.
Desde a primeira série já é possível trabalhar com os alunos a noção de
comprimento, mas é mais proveitoso começar o ensino com as unidades não
padronizadas, pois o sistema de unidade medidas é construído pelo aluno a partir de
padrões arbitrários e próximos da sua realidade. Ter primeiro noção de distância e objetos
através de passos e palmos e comparar as estaturas dos alunos. Depois de desenvolver os
conceitos básicos, os alunos provavelmente já terão segurança suficiente para que se
introduza as medidas como metro e centímetro, perímetro e área.
As medições podem ser feitas de forma direta ou não. Num primeiro momento,
medir é comparar diretamente duas grandezas de mesma natureza, como colocar uma
régua graduada sobre um segmento para verificar o seu comprimento. Porém, num
estágio mais avançado, muitas vezes não é possível medir por comparação direta. Nesses
casos é preciso efetuar operações com outras medidas.
Antes de fazer qualquer medição, precisamos saber que tudo o que medimos tem
uma unidade, como, por exemplo, horas ou minutos para intervalos de tempo. Para obter
uma medida por comparação, o aluno precisa saber o que se quer medir, utilizando para
isso algum método geométrico e, em seguida, o método aritmético de contagem.
Segundo Piaget, a criança não se preocupa com medições até aproximadamente 9
anos. Muito antes, contudo, ela já se envolve com medidas, embora de modo bastante
informal. Para medir alguma coisa, comparam-na com outras coisas de mesma natureza,
embora ainda não sintam necessidade de expressar numericamente o resultado. Por
exemplo: ao verificar se é mais alta que o colega na fila, se a quantidade de refrigerante
que recebeu é igual à do irmão, etc. Algumas situações, porém exigem maior cuidado,
como nos casos, em que é fundamental a precisão das medidas. Aí torna-se necessário o
conceito de medida e suas aplicações. Pode-se afirmar que medir é comparar grandezas
de mesma espécie, sendo o resultado de cada medição expresso por um número.
Por isso, além da idéia de comparação, o mais importante no início do trabalho com
medidas no ensino fundamental é sensibilizar as crianças para que percebam a
importância de escolher a unidade de medida mais apropriada a cada situação.
“Aprenda a gostar, mas gostar mesmo, das coisas que deve fazer e das pessoas que o cercam. Em pouco tempo descobrirá que a vida é muito boa e que você é uma pessoa querida por todos.”
Rubem Alves