terça-feira, 1 de maio de 2012

Operações com números naturais/MATERIAL DOURADO


O Material Dourado é um dos muitos materiais idealizados pela médica e educadora italiana Maria Montessori para o trabalho com matemática.

    Embora especialmente elaborado para o trabalho com aritmética, a idealização deste material seguiu os mesmos princípios montessorianos para a criação de qualquer um dos seus materiais, a educação sensorial:
  • desenvolver na criança a independência, confiança em si mesma, a concentração, a coordenação e a ordem;
  • gerar e desenvolver experiências concretas estruturadas para conduzir, gradualmente, a abstrações cada vez maiores;
  • fazer a criança, por ela mesma, perceber os possíveis erros que comete ao realizar uma determinada ação com o material;
* São realizadas as 4 operações utilizando este material: subtração, adição, multiplicação e divisão.


1 cubinho representa 1 unidade;
1 barra equivale  a 10 cubinhos equivalem (1 dezena ou 10 unidades);
1 placa equivale a 10 barras ou 100 cubinhos  (1 centena, 10 dezenas ou 100 unidades);
1 cubo equivale a 10 placas 1000 ou 100 barras ou 1000 cubinhos (1 unidade de milhar,10 centenas, 100 dezenas ou 1000 unidades).    
ATIVIDADES:
1. JOGOS LIVRES
Objetivo : tomar contato com o material, de maneira livre, sem regras.
Durante algum tempo, os alunos brincam com o material, fazendo construções livres. O material dourado é construído de maneira a representar um sistema de agrupamento. Sendo assim, muitas vezes as crianças descobrem sozinhas relações entre as peças. Por exemplo, podemos encontrar alunos que concluem:
- Ah! A barra é formada por 10 cubinhos!
- E a placa é formada por 10 barras!
- Veja, o cubo é formado por 10 placas!
2. MONTAGEM
Objetivo: perceber as relações que há entre as peças.
O professor sugere as seguintes montagens:
- uma barra;
- uma placa feita de barras;
- uma placa feita de cubinhos;
- um bloco feito de barras;
- um bloco feito de placas;
O professor estimula os alunos a obterem conclusões com perguntas como estas:
- Quantos cubinhos vão formar uma barra?
- E quantos formarão uma placa?
- Quantas barras preciso para formar uma placa?
Nesta atividade também é possível explorar conceitos geométricos, propondo desafios como estes:
- Vamos ver quem consegue montar um cubo com 8 cubinhos? É possível?
- E com 27? É possível?
3. DITADO
Objetivo: relacionar cada grupo de peças ao seu valor numérico.
O professor mostra, um de cada vez, cartões com números. As crianças devem mostrar as peças correspondentes, utilizando a menor quantidade delas.
Variação:
O professor mostra peças, uma de cada vez, e os alunos escrevem a quantidade correspondente.
4. FAZENDO TROCAS
Objetivo: compreender as características do sistema decimal.
- fazer agrupamentos de 10 em 10;
- fazer reagrupamentos;
- fazer trocas;
- estimular o cálculo mental.
Para esta atividade, cada grupo deve ter um dado marcado de 4 a 9.
Cada criança do grupo, na sua vez de jogar, lança o dado e retira para si a quantidade de cubinhos correspondente ao número que sair no dado.
Veja bem: o número que sai no dado dá direito a retirar somente cubinhos.
Toda vez que uma criança juntar 10 cubinhos, ela deve trocar os 10 cubinhos por uma barra. E aí ela tem direito de jogar novamente.
Da mesma maneira, quando tiver 10 barrinhas, pode trocar as 10 barrinhas por uma placa e então jogar novamente.
O jogo termina, por exemplo, quando algum aluno consegue formar duas placas.
O professor então pergunta:
- Quem ganhou o jogo?
- Por quê?
Se houver dúvida, fazer as "destrocas".
O objetivo do jogo das trocas é a compreensão dos agrupamentos de dez em dez (dez unidades formam uma dezena, dez dezenas formam uma centena, etc.), característicos do sistema decimal.
A compreensão dos agrupamentos na base 10 é muito importante para o real entendimento das técnicas operatórias das operações fundamentais.
O fato de a troca ser premiada com o direito de jogar novamente aumenta a atenção da criança no jogo. Ao mesmo tempo, estimula seu cálculo mental. Ela começa a calcular mentalmente quanto falta para juntar 10, ou seja, quanto falta para que ela consiga fazer uma nova troca.
* cada placa será destrocada por 10 barras;
* cada barra será destrocada por 10 cubinhos.

      



Dinâmica "Para quem você tira o chapéu"

Realizei esta dinâmica com meus cursistas do Pró-Letramento de matemática. Foi surpreendente a reação de cada um quando olhava para a tampa da caixa! Todos tiraram o chapéu e justificaram o motivo. Amei esta dinâmica que proporcionou a cada cursista uma auto-análise, uma reflexão sobre si mesmo! "Fiquei mais encantada ainda com o grupo após conhecer um pouquinho mais sobre cada um deles"!
Objetivo: Estimular a autoestima
Materiais: um chapéu ou caixa e um espelho
O espelho deve estar colado no fundo do chapéu ou no fundo da tampa da caixa.
Procedimento: O animador escolhe uma pessoa do grupo e pergunta se ela tira o chapéu para a pessoa que ver e o porquê, sem dizer o nome da pessoa. Pode ser feito em qualquer tamanho de grupo e o animador deve fingir que trocou a foto do chapéu antes de chamar o próximo participante. Fizemos com um grupo de idosos e alguns chegaram a se emocionar depois de dizer suas qualidades. Espero que gostem!










Amorosidade na docência!


"A educação deve acontecer de maneira prazerosa, o professor deve criar situações para que o aluno se apaixone pela escola"! Adriana

Antes que seja tarde

Cinco sugestões para fortificar a amorosidade na docência

Há momentos em nossa trajetória docente nos quais vários princípios precisam ser relembrados, de modo a fortalecer a certeza da impossibilidade de desistir e, ao mesmo tempo, reforçar a convicção do lugar imprescindível da prática pedagógica honesta, leal e amorosa. Por isso, no livro A ESCOLA E O CONHECIMENTO (Cortez/ Instituto Paulo Freire) registrei reflexões que, agora, com a intenção de reanimar nossa razão de ser, retomo em forma de pentálogo.
  1. Como o interior de uma relação afetiva, o saber impõe dedicação, confiança mútua e prazer compartilhado. No lugar dessa relação, o tamanho, o arranjo e a localização espacial não importam muito, desde que a partilha seja agradável e justa. Cada um dos envolvidos nessa situação traz o que já tinha para trocar, só que a troca não deve levar a perdas. Por ser uma repartição de bens, todos precisam se esforçar para que cada um fique com tudo.
  2. A educação é um espaço para confrontos, conflitos, rejeições, antipatias, paixões, adesões, medos e sabores. Por isso, essa relação exala humanidade e precariedade. A tensão contínua do compartir conduz, às vezes, a rupturas emocionadas ou a dependências movidas pelo temor da solidão; afinal, ser humano é ser “junto”, o que implica um custo sensível.
  3. A criação e  a recriação do conhecimento não está  apenas em falar sobre coisas prazerosas, mas, principalmente, em falar prazerosamente sobre as coisas. Quando o educador exala gosto pelo que está partilhando, ele interessa nisso também o outro. Não necessariamente o outro vai apaixonar-se por aquilo, mas aprender o gosto é fundamental para passar a gostar. É difícil imaginar que Newton, Mozart, Fernando Pessoa, Michelangelo ou Tom Jobim, por exemplo, não tivessem no prazer uma de suas fontes de animação, sem por isso deixar de envolver-se com atividades que exigem concentração e esforço.
  4. Seriedade não é, e nem pode ser, sinônimo de tristeza. O ambiente alegre é propício à aprendizagem e a criatividade, desde que não se ultrapasse a sutil fronteira entre  alegria e a descontração improdutiva. A alegria vem, em grande parte, da leveza com a qual se ensina e se aprende; vem da atenção àquelas perguntas que parecem fora do assunto, mas que vão capturar a pessoa para um outro passeio pelos conteúdos; vem da percepção de que aquilo se está estudando tem um sentido e uma aplicabilidade (mesmo que não imediatos).
A alegria, em suma, é resultante de um processo de “encantamento” recíproco, no qual a transação de conhecimentos e preocupações não é unilateral. A educação é, simbolicamente, um lugar de amorosidade; mas a amorosidade não é um símbolo, é um sentir. Não pode ser anulada, só ausentar-se. A sustentação da amorosidade na educação não deve ser descuidada. Como em quase tudo que envolve a proteção da vida, é preciso recomeçar cedo, antes que seja tarde!
SÉRGIO CORTELLA

Dinâmica "O feitiço virou contra o feiticeiro"

Foi muito divertido fazer esta dinâmica com minha turma do Pró-Letramento de matemática!

Objetivo: não faça ou deseje aos outros o que não gostaria para si
Material: papel e caneta
Procedimento: forma-se um círculo, todos sentados, cada um escreve uma tarefa que gostaria que seu companheiro da direita realizasse, sem deixá-lo ver. Após todos terem escrito, o feitiço vira contra o feiticeiro, que irá realizar a tarefa é a própria pessoa que escreveu. "não faça ou deseje aos outros o que não gostaria para si"
Respeito ao próximo.
Como nossa turma é grande, dividimos em dois grupos e cada grupo determinou o que o outro grupo teria que fazer sem saber que eram eles mesmos que teriam que realizar aquela determinada tarefa.

Parabéns amados cursistas pela participação, entusiasmo e dedicação!!!!

Cantando a música dos indiozinhos no palco!

Outro grupo cantando "Meu pintinho amarelinho na rua"